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O Natal e as Finanças Pessoais

Aproxima-se a festividade do Natal, onde se recorda o nascimento de Jesus Cristo e pela tradição dos Magos que presentearam o Menino Deus com ouro, incenso e mirra, as pessoas buscam também encerrar o ano em harmonia com aqueles que lhes são queridos: amigos, familiares, vizinhos, colegas de trabalho e realizam a tradicional troca de presentes, organizam os amigos secretos e preparam festas de confraternização. Tudo isso é muito importante e agradável, mas, como não pode deixar de ser, custa dinheiro!

Geralmente a consciência fica tranquila porque se gasta por conta “daquele que vem salvar as contas do final de ano”, ele mesmo, o décimo terceiro ou como é juridicamente chamado, a gratificação natalina.

Entre os estudiosos das Finanças Pessoais, alguns propõem que esse dinheiro seja guardado ou que seja acumulado para alcance de objetivos estratégicos de maior envergadura, os sonhos: a casa, o carro, a viagem internacional, aquela pós-graduação no exterior, enfim. No entanto, na realidade social das pessoas, o processo é um pouco mais complexo, pois muitas alternativas disputam o mesmo gasto e o décimo terceiro, por mais elástico que seja, é incapaz de atender a todos os desejos. Assim, como ensina a Ciência Econômica em face dos “desejos ilimitados e recursos escassos”, há a necessidade de se fazer escolhas.



Créditos: Freepik.com


A questão é a escolha a realizar. Primeiro se gasta, depois se reflete sobre as escolhas feitas. Nesta altura do calendário, 23 de dezembro de 2022, provavelmente você já deve ter realizado as suas escolhas, quer tenha sido de maneira consciente e planejada, quer tenha ocorrido conforme a dinâmica dos acontecimentos. Por isso, venho propor uma reflexão diferente da geralmente sugerida pelos colegas das Finanças Pessoais ou Economistas.

Há pessoas que, querendo ou não, se arrependem dos gastos efetuados, pois sentem que eles não foram os mais eficientes. Desta forma, é preciso que se reflita o porquê desse arrependimento. Se ele é de origem sentimental: a pessoa não deu valor ao presente, o amigo secreto que não foi equilibrado – um presente bom foi trocado por uma lembrancinha “uó”. Ou se é de ordem financeira: gasto excessivo, escolhas não tão boas. Para a primeira situação, a solução é um estudo melhor de quem vai ser presenteado para que a escolha seja adequada ao gosto do agraciado e, considerando que o calendário não muda, pode-se adquirir o bem com maior antecedência buscando encontrar melhores preços. No caso de trocas desequilibradas, comuns em eventos de amigo secreto, cabe discutir com maior antecedência as regras e limitações da brincadeira para evitar as desagradáveis situações de “inimigo secreto” ou alguém sem lembrança por administração inadequada da brincadeira.

Quanto a questão do arrependimento por considerar o valor dispendido gasto de maneira ineficiente, é possível propor duas ações para que isso não torne a ocorrer. Primeiramente, seria ideal a utilização da divisão em três partes: uma parte para as festividades (confraternização e presentes; uma parte para sonhos ou desejos e uma parte para as contas de início de ano). E, o mais interessante, é que as partes não precisam ser idênticas, elas podem ser divididas como você achar melhor. Desta maneira, dificilmente você se arrependerá dos gastos feitos. A segunda ação é trabalhar com a previsibilidade do calendário: se o 13º salário é bom, crie um duplo dele, um “décimo quarto salário”: poupe mensalmente 1/12 avos de sua renda líquida, o valor que efetivamente entra na sua conta corrente mensalmente. Desta forma, você terá, ao final de 2023, um valor bem mais substancial para lidar com as festividades de final de ano, sonhos e desejos.

O que já foi contratado em 2022 não é mais possível de ser mudado, mas você pode utilizar essa experiência para fazer de suas próximas festividades, uma ocasião sem arrependimentos financeiros.

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